O que se pode fazer?
(Antes de escutar um conto baseado em um mito ou lenda… Também se pode fazer depois, com a criança ou sem ela.)
Podemos nos informar sobre o mito ao qual se faz referência: consultar o guia do conto (Para saber mais).
Como se pode fazê-lo?
Buscando em enciclopédias, na internet ou em uma biblioteca:
- 1. A origem do mito (país, época…).
- 2. Mais informação sobre os personagens.
- 3. Desenhos e ilustrações antigas relacionadas com o mito.
- 4. Os objetos mágicos, seus nomes (se os têm) e suas propriedades.
- 5. Filmes, obras de teatro, óperas, etc. que sejam baseados no mito.
O que se pode fazer?
(A primeira vez em que se escuta e observa o conto com a criança.)
- Observar as expressões e reações da criança.
- Incluir pausas e realizar comentários quando notar que criança apresenta dificuldade para acompanhar ou perde o interesse.
- Assegurar-se de que a criança entende as dimensões temporal, causal e intencional.
- Atender e responder às perguntas da criança, personalizando de acordo com as necessidades que surgirem.
Como se pode fazê-lo?
1. Enfatizando a causalidade:
Ex: “Como seus pais haviam morrido, alguém tinha que criá-lo”, “Regin, um anão sábio, o criou”.
“Como a espada provinha dos deuses, era muito muito forte”.
“Como não havia molhado este pedacinho das costas, não estava protegido”.
2. Enfatizando as intenções:
Ex: “Parece que queria obter alguma coisa em troca”.
“Queria apoderar-se do tesouro” .
“Queria ajudar o seu amigo”.
3. Enfatizando a dimensão temporal:
Ex: “Depois de muito tempo…”
“Quando se tornou maior…”
4. Respondendo e esclarecendo o significado de uma palavra:
À pergunta:
“O que quer dizer?”
Responder com:
“Um tipo de”…; “Uma maneira de”… ; “Se diz quando”…
Quando não se sabe a resposta, pode-se anotar e pesquisar conjuntamente mais tarde.
Ex:
Criança: “Caracteres rúnicos? O que são caracteres rúnicos?”
Adulto (A): “São um tipo de letras diferentes das que nós usamos”.
Adulto (B): “Pois não sei… será uma forma de escrever. Vamos procurar no dicionário”.
O que se pode fazer?
(Durante a primeira leitura, ao finalizar a leitura ou em sucessivas leituras…)
Comentar as imagens do conto.
Como se pode fazê-lo?
Exemplo de imagem:
Neste caso, a imagem complementa a narração e, em alguns aspectos, conta mais coisas.
Exemplo de comentário:
“Olha! No desenho se vê a espada quebrada. Estava guardada dentro de um cofre trancado à chave”.
ANÁLISE DA PÁGINA 4 DO CONTO
O desenho nos mostra, em uma única imagem, a sequência temporal da transformação do anão Fanfir em dragão. As linhas curvas, ao lado do dragão, indicam o movimento de transformação de suas características e as linhas retas indicam o alargamento do seu corpo.
Vemos como o rosto inicial do anão (na parte inferior à direita) vai se alargando, seu nariz alongando e o número de dentes vai aumentando (a cada imagem nova, para cima e para a esquerda); os braços se curvam formando patas e as mãos se transformam em garras. No capuz do anão aparece um triângulo típico da forma do rabo dos dragões e o seu cabelo se torna pontiagudo pelos dois lados das costas, chegando a formar os chifres do dragão. Por outra parte, aparecem pelo corpo e pelo nariz escamas e rugas próprias da pele do dragão, assim como crista e aletas.
Três anões contemplam a transformação de Fanfir admirados.
Na imagem seguinte do conto, podemos ver o resultado final: o dragão guardando o tesouro.
O que se pode fazer?
(Quando escutamos o mesmo conto várias vezes, em dias seguidos…)
Atentar aos gestos, vozes e expressões do narrador.
(Há um exemplo com o conto A receita de Mandrágora de como podemos analisar as imagens e as vozes que acompanham a leitura de uma história).
Como se pode fazê-lo?
Comentar sobre as expressões, os gestos das mãos, as vozes:
Ex:“Fica com cara de raiva de verdade! Olha com a boca aberta e mostrando os dentes. Até mesmo com o punho cerrado, Sigurd mostra a raiva que sente”.
Comentar sobre as vozes dos personagens:
Ex:“Que graça a voz que dos pássaros! Parece voz de corvo, tão aguda e áspera!”
Brincar de adivinhar o que o narrador está dizendo.
Possíveis situações para escolher no conto de Sigurd:
“Convertê-lo em um ladrão”.
“Tremendo de medo”.
“Partiu-a em duas metades”.
O que se pode fazer?
Memorizar e recitar alguns trechos junto com o narrador.
Como se pode fazê-lo?
Propomos, neste caso, imitar ao mesmo tempo o tom de voz dos pássaros. Podemos perguntar:
Ex:
“O que os pássaros fazem?”
“O que dizem?”
“Regin planeja te matar e ficar com todo o tesouro.”
O que se pode fazer?
Identificar os diferentes lugares em que a história acontece.
Fazer um itinerário com a sucessão temporal em que aparece cada um deles.
Como se pode fazê-lo?
1. Fazer listas de lugares:
A) Que são narrados explicitamente na história.
- Ex: A cova onde o anão vive, a gruta onde o dragão vive, o buraco cavado por Sigurd, etc.
B) Que são identificados a partir dos desenhos.
- Ex: A gruta do dragão, a caldeira, o buraco cavado por Sigurd, a cama onde Sigurd é atacado quando é traído, etc.
C) Que precisamos imaginar porque não são especificados e nem estão desenhados.
- Ex: Onde Sigurd nasceu?
- Em um castelo? Poderia ser o que aparece na primeira imagem?
2. Produzir cartas com desenhos dos lugares.
O que se pode fazer?
Buscar todos os personagens.
Entender a origem, as características e o papel (ou papéis) que desenvolvem ao longo da história.
Como se pode fazê-lo?
1. Perguntando nomes e características:
- Ex: “Quem é o herói?”.
- “Qual é sua origem?”
- “Quais são as suas características?”
- “Que papéis ele desempenha na história?”
2. Fazendo listas:
- Ex: “Que outros personagens existem?”
3. Fazendo descrições:
- Ex: “Quais são as suas características?”
- “Que papéis desempenham na história?”
- O anão Regin
- É baixinho, feio e barbudo.
- É sábio, astuto e malvado.
- Ensina e aconselha o herói para conseguir seus propósitos.
4. Desenhar cartas que se assemelhem a um “Tarô de contos” (ver Pistas).
O que se pode fazer?
Identificar os objetos mágicos e suas características.
Como se pode fazê-lo?
1. Perguntar:
- Ex: “Que objetos mágicos aparecem na história?”
- A espada, o coração do dragão e o sangue do dragão.
- “Que propriedades eles têm?”
2. Pensar em objetos mágicos de outros contos conhecidos.
- Ex: “Lâmpada de Aladim; Maçã da Branca de Neve.”
O que se pode fazer?
Identificar os motivos e desejos do herói.
Identificar as tarefas que o herói deve resolver.
Como se pode fazê-lo?
1. Identificar os motivos que Sigurd tem para atuar:
- Ter poder e glória.
- Ajudar o amigo.
2. Identificar desejos de outros contos:
- Amor, desejo de ajudar um familiar, riquezas…
3. Buscar imagens que definam iconicamente estes desejos (em revista ou em gibis).
4. Perguntar sobre todas as ações que o herói deve fazer para conseguir seus objetivos.
O que se pode fazer?
Identificar o que o final da história nos transmite.
Como se pode fazê-lo?
1. Buscar uma frase que defina a moral ou escolher uma entre várias dadas pelo adulto.
Exemplo de possíveis frases dadas:
- Enganar a princesa foi uma coisa muito feia.
- Até mesmo os grandes heróis têm algum ponto fraco.
- Como você matou o dragão e o anão, agora é sua vez de morrer.
O que se pode fazer?
(A história narrada como um conjunto de eventos…)
1. Organizados no espaço e no tempo.
2. Organização causal. (Ver “A história tem suas regras”, em Guia sobre Mitos e lendas)
Como se pode fazê-lo?
1. Realizar um itinerário de todos os lugares por onde Sigurd passa e a ação ou as ações que acontecem em cada um deles.
Trabalho realizado por alunos de 6º ano de escola primária em Barcelona sobre Colombo, em catalão.
2. Realizar um mapa conceitual indicando relações:
- 1. O que se passou?
- 2. Com que motivo?
- 3. O que o tornou possível?
Trabalho realizado por alunos de 6º ano de escola primária em Barcelona sobre Colombo, em catalão.